Graça e Paz.
A ideia de semear e colher sempre esteve presente em todas as áreas da vida humana. Veja alguns exemplos: “Pelo que tenho observado, quem cultiva o mal e semeia a maldade, isso também colherá” – Jó 4.8; “Aqueles que semeiam com lágrimas, com cantos de alegria colherão” – Salmos 126.5; “Quem fica observando o vento nunca plantará, e quem fica olhando para as nuvens não colherá... plante de manhã a sua semente e, mesmo ao entardecer não deixe as suas mãos ficarem à toa, pois você não sabe o que acontecerá, se esta ou aquela produzirá, ou se as duas serão igualmente boas” – Eclesiastes 11.4,6; “Semeiem a retidão para si e colham o fruto da lealdade... é hora de buscar o Senhor até que Ele venha e faça chover a justiça sobre vocês” – Oseias 10.12; “O semeador semeia a Palavra” – Marcos 4.14; “Aquele que semeia pouco, também colherá pouco, e aquele que semeia com fartura, também colherá fartamente” – II Coríntios 9.6.
Jesus nos ensina a ver o mundo inteiro, em todas as suas dimensões, como a nossa área de trabalho na extensão do Reino de Deus por meio de saudável e frutífera semeadura. “Eu lhes digo: abram os olhos e vejam os campos! Eles estão maduros para a colheita” – João 4.35. Na parábola do joio Ele disse que “O campo é o mundo”. E, mais ainda: os Seus discípulos – e não apenas a Sua palavra - são a “boa semente” lançada no campo – Mateus 13.37. Significa que a palavra que dEle ouvimos cresce em nós e se manifesta no nosso dia a dia ao ponto de frutificar, isto é, de se multiplicar em outros discípulos e onde estamos. O Salvador espera isso de você! Para o Divino Mestre, discípulo é aquele que vai além de ouvir e amar a Sua palavra; ele prega e ensina o Evangelho em todo o mundo por onde passa – Mt 18.18-20.
Bem, a Bíblia nos mostra que, entre os que O seguem, Jesus tem os neutros, os observadores, os críticos, os adversários, os admiradores, os interesseiros e os discípulos. Ele chama de discípulos apenas aos que ouvem as Suas palavras e as praticam (João 8.31). Só estes são os que estão em verdadeira aliança com Ele. Os discípulos aceitam o convite do Mestre, estão sempre atentos ao que Ele diz, permanecem em união com Ele e, em profundo amor e na dependência do Espírito Santo, dão continuidade à Sua obra, semeando a mesma semente e dando os mesmos frutos, fazendo novos discípulos como Ele ordenou. Cabe, aqui, uma parada para reflexão: quem sou eu entre os seguidores de Jesus? Sou um discípulo ou alguém perdido na multidão dos que O seguem? Os meus frutos são a resposta.
Pastor Enéas Campos de Araújo - Pastor Presidente